sábado, 16 de julho de 2016

Abolição do Dinheiro

      “Fiquei muito impressionada, sobretudo ao saber da possibilidade, embora remota, de ser abolido o dinheiro. Seria possível uma coisa dessas? Não ser preciso pagar mais nada? Imaginei logo a cena: eu entrando na ‘Confeitaria Bussaco’, de seu Manuel, ou na ‘Primavera’, a melhor confeitaria do bairro, daquele simpático do Zeca, dizendo simplesmente: alô!, a quem estivesse, abrindo as vitrinas, servindo-me à vontade daqueles doces deliciosos, empapados de licor e mel (punha-me água na boca só em pensar); depois tchau! Passem bem, eu volto logo!”


      (“Anarquistas, Graças a Deus”, Zélia Gattai, Editora Record, Rio de Janeiro, 2001, 33ª Edição, Página 191.)

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