“Fiquei
muito impressionada, sobretudo ao saber da possibilidade, embora remota, de ser
abolido o dinheiro. Seria possível uma coisa dessas? Não ser preciso pagar mais
nada? Imaginei logo a cena: eu entrando na ‘Confeitaria Bussaco’, de seu
Manuel, ou na ‘Primavera’, a melhor confeitaria do bairro, daquele simpático do
Zeca, dizendo simplesmente: alô!, a quem estivesse, abrindo as vitrinas,
servindo-me à vontade daqueles doces deliciosos, empapados de licor e mel
(punha-me água na boca só em pensar); depois tchau! Passem bem, eu volto logo!”
(“Anarquistas, Graças a Deus”, Zélia Gattai, Editora Record, Rio de
Janeiro, 2001, 33ª Edição, Página 191.)
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