“A vida era bela.
Rodavam a uma velocidade incrível na
direção do Bronx e de Manhattan. Com o rosto fustigado pelo vento e careteando
como personagens de desenho animado, cantavam a plenos pulmões e fora de tom a
abertura de uma comédia musical retransmitida pelo rádio: Money! Money!
‘O dinheiro e o amor
São as únicas coisas verdadeiras da vida.
Mas como não há nada que falar do amor
Fale-me em dinheiro...
Deixe-me toda arrepiada
Amarrotando um pouco desse bom e velho
papel verde
Que eu o amarei!
Dinheiro! Dinheiro!
Diga-me tudo:
Pesetas, francos, rúpias, libras
esterlinas
- Tudo o que ao cair faz cling
Escudos, rublos, pesos, dólares
- Nada melhor quando estamos na
fossa
Ah! fale-me em dinheiro
- Até em marcos, ienes ou liras
Só o som do níquel me faz rir...
Dinheiro! Dinheiro! Dinheiro!
- Um milhão de dólares, eu deliro!
Dinheiro! Dinheiro! Dinheiro!
O dinheiro é a única coisa verdadeira.
Fale-me em dinheiro!’ ”
(“Monsignore”, Jack-Alain Léger, Círculo
do Livro S.A., São Paulo, Páginas 191-192.)
https://www.youtube.com/channel/UCwMlejioqZth8MRDnboLgCA
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