sábado, 2 de julho de 2016

Dinheiro! Dinheiro! Dinheiro!

      “A vida era bela.
      Rodavam a uma velocidade incrível na direção do Bronx e de Manhattan. Com o rosto fustigado pelo vento e careteando como personagens de desenho animado, cantavam a plenos pulmões e fora de tom a abertura de uma comédia musical retransmitida pelo rádio: Money! Money!
      ‘O dinheiro e o amor
      São as únicas coisas verdadeiras da vida.
      Mas como não há nada que falar do amor
      Fale-me em dinheiro...
      Deixe-me toda arrepiada
      Amarrotando um pouco desse bom e velho papel verde
      Que eu o amarei!
      Dinheiro! Dinheiro!
      Diga-me tudo:
      Pesetas, francos, rúpias, libras esterlinas
            - Tudo o que ao cair faz cling
      Escudos, rublos, pesos, dólares
            - Nada melhor quando estamos na fossa
      Ah! fale-me em dinheiro
            - Até em marcos, ienes ou liras
            Só o som do níquel me faz rir...
      Dinheiro! Dinheiro! Dinheiro!
            - Um milhão de dólares, eu deliro!
      Dinheiro! Dinheiro! Dinheiro!
      O dinheiro é a única coisa verdadeira.
      Fale-me em dinheiro!’ ”

      (“Monsignore”, Jack-Alain Léger, Círculo do Livro S.A., São Paulo, Páginas 191-192.)

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