terça-feira, 12 de julho de 2016

Genialidade Voltaireana

      “Homens de gênio profundo apresentaram-lhe projetos. Imaginara um lançar impostos sobre a inteligência.
      - Todos – dizia ele – se apressarão a pagar, pois ninguém quer passar por tolo.
      - Declaro-o isento do imposto – retrucou-lhe o ministro.
      Outro propôs estabelecer o imposto único sobre as canções e o riso, visto que a nação era a mais alegre do mundo e que uma canção a consolava de tudo. Mas o ministro observou que havia tempo que não faziam canções alegres, e mostrou-se receoso de que, para escapar ao imposto, todo mundo se tornasse demasiado sério.”


      (“Contos”, Voltaire, Abril Cultural, São Paulo, 1983, in “O Homem dos Quarenta Escudos”, Página 379.)

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