“Homens
de gênio profundo apresentaram-lhe projetos. Imaginara um lançar impostos sobre
a inteligência.
- Todos
– dizia ele – se apressarão a pagar, pois ninguém quer passar por tolo.
-
Declaro-o isento do imposto – retrucou-lhe o ministro.
Outro
propôs estabelecer o imposto único sobre as canções e o riso, visto que a nação
era a mais alegre do mundo e que uma canção a consolava de tudo. Mas o ministro
observou que havia tempo que não faziam canções alegres, e mostrou-se receoso
de que, para escapar ao imposto, todo mundo se tornasse demasiado sério.”
(“Contos”, Voltaire, Abril Cultural, São Paulo, 1983, in “O Homem dos
Quarenta Escudos”, Página 379.)
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