quinta-feira, 19 de novembro de 2015

A Marcinha e o padre

Em Juiz de Fora, no início da década de 80, eu conhecia uma garota, a Marcinha. Ela era linda, mas estava entregue às drogas e ao álcool. Ouvi dizer que certa vez ela entrou muito doida numa igreja de uma cidade vizinha, em plena missa. Foi andando pelo corredor central e parou diante do altar. Os féis presentes ficaram admirados com aquela inusitada interrupção. A admiração se transformou em escândalo quando a Marcinha pediu ao padre que a beijasse. O sacerdote, embasbacado, tentou contornar a situação. Mas a garota queria ser beijada na boca. Fazia questão. O barraco estava feito. Foram obrigados a retirar a Marcinha à força do templo. Ela decidiu entrar na primeira igreja que viu. O fato se deu em Bicas e ela nunca tinha visto o padre antes.

Esta cena revela o gigantesco distanciamento do cristianismo com a humanidade comum, como já foi dito antes: “o cristianismo é um insulto ao homem natural”.

Nenhum comentário:

Postar um comentário