“Afinal de contas, a propriedade, por si só, tem muito pouca importância. Mas, psicologicamente, assume significado
extraordinário, pois confere
posição, prestígio, nome, título. Assim sendo, visto que nos dá poder, posição,
autoridade, a ela nos apegamos; e sobre
ela levantamos um sistema que destrói a equitativa distribuição das coisas ao
homem... ‘Assim, pois, a fome é muito mais um problema psicológico do que
legislativo. ... Se enxergarmos realmente esta verdade, deixaremos de usar as
coisas como meios de expansão individual, e contribuiremos assim para a implantação de uma nova ordem social.
Esta é por certo a verdade: que vós e eu nos servimos de coisas feitas pela mão
ou pela mente como meios de auto-expressão, e por isso atribuímos exagerada importância aos valores dos sentidos...’ (Da
Insatisfação à Felicidade – Conf. em Bombaim, 1948, os. 33-37.)
(“Sociedade, Transição e Futuro – Vias
Intermediárias e Fundamentos”, Carlos de Sousa Neves, Edição do Autor, obra
escrita entre 1977 e 1982, Página 596.)
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