domingo, 29 de novembro de 2015

Turma do Beco 6 – Porre Duplo (Parte 1)

      Em uma tarde de sábado, aproximadamente às 13 horas, estando em casa, o amigo Carlos Décio Mostaro me telefonou e disse que iria até a vizinha cidade de Santana do Deserto naquela noite para assistir a um Festival de Música, e perguntou se eu não gostaria de acompanhá-lo. Aceitei o convite. Ele ficou de apanhar-me daí a pouco na minha residência. Vesti outra roupa, peguei a minha bolsa e fui para a rua esperá-lo. Não demorou muito, ele chegou. Entrei no seu carro, um velho Opala, e seguimos em frente. Levou-me até o bairro São Pedro, onde possuía duas propriedades. Entramos num botequim e tomamos umas cinco cervejas, as primeiras do dia, enquanto conversávamos sobre o Festival e outros assuntos.
      Após as cervejas, entramos no Opala e fomos até outro bairro, São Bernardo, num bar onde se encontravam vários amigos, os quais também iriam até a vizinha cidade participar do Festival. Tomamos mais cervejas, com porções de tira-gosto e o papo de sempre, intelectual e artístico. A nossa turma iria concorrer com umas três músicas. E o Gilson chegou trazendo um litro de cachaça pura da roça, da qual todo mundo se serviu, inclusive eu e o Décio. Permanecemos ali até mais ou menos 18 horas. Despedimos do pessoal, voltamos ao Opala e tomamos a estrada, rumo à pequena Santana do Deserto.
      Em lá chegando, ele estacionou o carro numa praça e fomos até um boteco, onde uma parte dos amigos já se encontrava, a beber e folgar regaladamente. Muita cerveja. Música ao vivo. Alegria e descontração. De novo o Gilson com a pinga. Eu não me separava do Décio, pois era ele quem estava pagando. Ficamos neste bar até umas 9 horas da noite. Nestes instantes de prazer, como o tempo voa!...
      Com a chegada do momento marcado para o início do Festival, eu e o Décio voltamos ao carro. Dirigimo-nos até o Clube onde o mesmo iria ser realizado. Ele estacionou o Opala na rua em frente. Fomos num guichê, para adquirir os ingressos. O salão estava razoavelmente cheio. Um palco, naturalmente, seria usado para a apresentação dos músicos e intérpretes concorrentes. Separados do público, numa plataforma, ficavam os jurados. Nos fundos, o mais importante de tudo, havia um bar, o quarto do dia. Fomos diretamente a ele, no sentido de nos munir de cerveja em lata. E passamos a circular pelo recinto. Quando acabava uma lata, pedia dinheiro ao meu amigo e ia até o bar providenciar outra. Nestas alturas do campeonato, perde-se a noção de quanto já bebemos e de quanto ainda podemos beber...

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