Em uma tarde de sábado, aproximadamente
às 13 horas, estando em casa, o amigo Carlos Décio Mostaro me telefonou e disse
que iria até a vizinha cidade de Santana do Deserto naquela noite para assistir
a um Festival de Música, e perguntou se eu não gostaria de acompanhá-lo. Aceitei
o convite. Ele ficou de apanhar-me daí a pouco na minha residência. Vesti outra
roupa, peguei a minha bolsa e fui para a rua esperá-lo. Não demorou muito, ele
chegou. Entrei no seu carro, um velho Opala, e seguimos em frente. Levou-me até
o bairro São Pedro, onde possuía duas propriedades. Entramos num botequim e
tomamos umas cinco cervejas, as primeiras do dia, enquanto conversávamos sobre
o Festival e outros assuntos.
Após as cervejas, entramos no Opala e
fomos até outro bairro, São Bernardo, num bar onde se encontravam vários
amigos, os quais também iriam até a vizinha cidade participar do Festival.
Tomamos mais cervejas, com porções de tira-gosto e o papo de sempre,
intelectual e artístico. A nossa turma iria concorrer com umas três músicas. E
o Gilson chegou trazendo um litro de cachaça pura da roça, da qual todo mundo
se serviu, inclusive eu e o Décio. Permanecemos ali até mais ou menos 18 horas.
Despedimos do pessoal, voltamos ao Opala e tomamos a estrada, rumo à pequena
Santana do Deserto.
Em lá chegando, ele estacionou o carro
numa praça e fomos até um boteco, onde uma parte dos amigos já se encontrava, a
beber e folgar regaladamente. Muita cerveja. Música ao vivo. Alegria e
descontração. De novo o Gilson com a pinga. Eu não me separava do Décio, pois
era ele quem estava pagando. Ficamos neste bar até umas 9 horas da noite.
Nestes instantes de prazer, como o tempo voa!...
Com a chegada do momento marcado para o
início do Festival, eu e o Décio voltamos ao carro. Dirigimo-nos até o Clube
onde o mesmo iria ser realizado. Ele estacionou o Opala na rua em frente. Fomos
num guichê, para adquirir os ingressos. O salão estava razoavelmente cheio. Um
palco, naturalmente, seria usado para a apresentação dos músicos e intérpretes
concorrentes. Separados do público, numa plataforma, ficavam os jurados. Nos
fundos, o mais importante de tudo, havia um bar, o quarto do dia. Fomos
diretamente a ele, no sentido de nos munir de cerveja em lata. E passamos a
circular pelo recinto. Quando acabava uma lata, pedia dinheiro ao meu amigo e
ia até o bar providenciar outra. Nestas alturas do campeonato, perde-se a noção
de quanto já bebemos e de quanto ainda podemos beber...
Nenhum comentário:
Postar um comentário