O caso do Conde Drácula realmente
aconteceu. Não resistindo ao poder cômico e dramático do episódio, INVENTEI
literariamente o que se segue.
Ao acordar, lá pelas 8 horas da manhã, a
visitante não viu o Décio na cama, a seu lado. Olhou no banheiro da suíte, e
ele ali também não estava. Devia se achar na cozinha, pensou. Tomou um banho,
fez a toalete, vestiu-se e saiu do quarto. Ao abrir a porta, viu que teria
trabalho pela frente, pois a sala se achava desarrumada. Encontrou o meu amigo
na cozinha, terminando de fazer o café. Beijaram-se e tomaram o desjejum na
mesa da copa. Após terminarem, ele disse:
- A tentação foi quase irresistível, mas
consegui evitá-la!...
- Que tentação?...
- A tentação de aprontar outra - falou,
com um sorriso maroto.
- AH! NÃO!!!... – Ela se levantou. – Você
não ousaria!!!...
A mulher ficou olhando-o, como se
estivesse prestes a entrar novamente em crise. Ele procurou tranquilizá-la:
- Calma, meu amor! Eu consegui
resistir!...
Ela ameaçou:
- Mais uma dessas suas brincadeiras, e
juro que nunca mais você me verá na vida!...
- Calma, querida! Tudo não passou de um
pensamento!...
- E em que você pensou, posso saber?!...
- perguntou, assentando-se de novo na cadeira.
Ele respondeu:
- Um assassinato.
- COMO?!!!...
- Explico: você se levantaria, entraria
na sala, encontraria lá três detetives da Polícia Civil, que iriam acusá-la de
crime de morte, algemando-a, e em seguida a levariam até aqui na cozinha, onde
o meu cadáver se acharia estendido no chão, com um punhal cravado no coração,
em meio a uma enorme poça de sangue...
Ela olhava para ele incrédula e
estupefata.
- Você não faria tal coisa!... Como
arranjaria os três policiais?...
- Fácil. Três amigos fiéis...
- Décio, que loucura!... Acho que você
está louco!... É melhor procurar um bom psiquiatra!...
Ela se levantou e se dirigiu à sala, para
iniciar a arrumação daquela bagunça. Ele deixou-a ocupada, avisando-a de que
iria tomar um banho e se vestir.
Nenhum comentário:
Postar um comentário