quinta-feira, 26 de novembro de 2015

Turma do Beco 4 - Décio e o Drácula (Parte 2)

     O caso do Conde Drácula realmente aconteceu. Não resistindo ao poder cômico e dramático do episódio, INVENTEI literariamente o que se segue.
      Ao acordar, lá pelas 8 horas da manhã, a visitante não viu o Décio na cama, a seu lado. Olhou no banheiro da suíte, e ele ali também não estava. Devia se achar na cozinha, pensou. Tomou um banho, fez a toalete, vestiu-se e saiu do quarto. Ao abrir a porta, viu que teria trabalho pela frente, pois a sala se achava desarrumada. Encontrou o meu amigo na cozinha, terminando de fazer o café. Beijaram-se e tomaram o desjejum na mesa da copa. Após terminarem, ele disse:
      - A tentação foi quase irresistível, mas consegui evitá-la!...
      - Que tentação?...
      - A tentação de aprontar outra - falou, com um sorriso maroto.
      - AH! NÃO!!!... – Ela se levantou. – Você não ousaria!!!...
      A mulher ficou olhando-o, como se estivesse prestes a entrar novamente em crise. Ele procurou tranquilizá-la:
      - Calma, meu amor! Eu consegui resistir!...
      Ela ameaçou:
      - Mais uma dessas suas brincadeiras, e juro que nunca mais você me verá na vida!...
      - Calma, querida! Tudo não passou de um pensamento!...
      - E em que você pensou, posso saber?!... - perguntou, assentando-se de novo na cadeira.
      Ele respondeu:
      - Um assassinato.
      - COMO?!!!...
      - Explico: você se levantaria, entraria na sala, encontraria lá três detetives da Polícia Civil, que iriam acusá-la de crime de morte, algemando-a, e em seguida a levariam até aqui na cozinha, onde o meu cadáver se acharia estendido no chão, com um punhal cravado no coração, em meio a uma enorme poça de sangue...
      Ela olhava para ele incrédula e estupefata.
      - Você não faria tal coisa!... Como arranjaria os três policiais?...
      - Fácil. Três amigos fiéis...
      - Décio, que loucura!... Acho que você está louco!... É melhor procurar um bom psiquiatra!...
      Ela se levantou e se dirigiu à sala, para iniciar a arrumação daquela bagunça. Ele deixou-a ocupada, avisando-a de que iria tomar um banho e se vestir.

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