“Um amanuense ganha hoje perto de um
conto de réis; mas, em compensação, só de ama-seca, por mês, paga mais de
duzentos mil-réis. Um francês, observando que nós falávamos em quinhentos, em
mil, em dois mil-réis, etc., quando eram de fato quantias insignificantes em
nada correspondendo o seu poder aquisitivo às altas cifras que nos saíam da
boca, disse:
- Vocês são muito ricos... na
aritmética.”
(“Toda Crônica – Lima Barreto”,
organização de Beatriz Resende e Rachel Valença, Agir, Rio de Janeiro, 2004,
Volume II, 1919-1922, Página 485.)
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