Eu sou visceralmente revolucionário,
rebelde e iconoclasta, mas, em termos de ARTE, (e estou falando de todas elas)
sou essencialmente CLÁSSICO. Desde o século XIX vemos a Arte perder a sua
simplicidade e beleza para assumir a complexidade e a feiura. A estesia dos
sentimentos cedeu lugar à frieza do racionalismo. A harmonia foi substituída
pela dissimetria. Poucas obras da chamada arte moderna me atraem e seduzem. É
por isso que o grande público não se interessa mais pela Arte, pois não a
entende e não sente nenhuma empatia por ela. É apreciada, em boa parte dos
casos, apenas por uma elite intelectualizada. Chegou-se ao mais baixo nível do
grotesco e do ridículo, especialmente em termos de artes plásticas, música e
poesia. A Arte não é uma esfinge a ser decifrada com o cérebro, mas uma obra a
ser sentida e admirada, embora também possa conter signos enigmáticos. Mas esta
decadência artística é apenas um reflexo do “modernismo” que começou a se
instalar no mundo após as duas revoluções, a francesa e a industrial. Um mundo
caótico não pode produzir senão caos. Estes “monstrengos” não produzem na minha
alma o mínimo efeito. Portanto, para mim, são apenas NADA. É o mais moderno
autismo artístico, a hodierna torre de marfim. Pegue um desenho a bico de pena
de um Darcílio Lima e coloque ao lado de uma pintura de Caravaggio e saia pelas
ruas perguntando ao povão qual dos dois ele gosta mais. A Arte não é feita para
um seleto clubinho de entendidos, mas para o grande público.
Temos aqui "Cupido e Psique", de Canova, e uma "escultura" moderna, diga-se de passagem, extremamente HORRORÍVEL!!!...


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