O Big era um grande músico, como a
alcunha sugere. Na época de um Festival de Música, o pessoal do Beco
encarregou-o de ir ao Rio de Janeiro contratar uma determinada cantora para
interpretar uma certa canção.
Em lá chegando, ele começou a esbanjar os
recursos financeiros que havia levado consigo e quando chegou em Juiz de Fora
estava praticamente liso. Não tendo condições de hospedar a intérprete num
hotel convencional, ele teve uma ideia salvadora e levou a fulana para o K2, no
bairro Vila Ideal. Trata-se de uma boate, um prostíbulo, um inferninho.
Acomodou a cantora em um quarto e vazou.
No dia seguinte, a mulher, crendo estar
em um hotel comum, saiu do quarto e achou estranha a movimentação, vendo
mulheres seminuas agarradas a seus clientes. E sacou que estava num puteiro. A
madame ficou tremendamente irada e indignada, ferida em seus brios de fêmea ao
ver que fora tratada como se fosse uma prostituta.
Ele apareceu, acreditando que a convidada
não iria descobrir a natureza exata do “hotel” em que estivera hospedada. Mas
teve de escutar muitos impropérios. Tentou justificar seu ato, em vão. Mesmo
assim, conduziu-a ao centro da cidade de ônibus.
Quando teve oportunidade de estar com a
turma do Beco, ela colocou de novo para fora toda a sua raiva, chegando a
destruir um gravador. Foram obrigados a pagar a sua passagem de volta ao Rio de
Janeiro. E arrumar outra cantora.
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