O Marcão, (pseudônimo), uma das figuras mais
proeminentes no Bar do Beco, passou uns tempos em Brasília, quando o Roberto
Medeiros trabalhava no Senado assessorando o Itamar. Aliás, vários membros da
Turma tiveram oportunidade de estar na Capital Federal junto ao grande amigo,
como foi o caso da Soninha Mão de Obra. O Roberto não conseguia ficar longe de
Juiz de Fora por muito tempo. O ambiente frio do Distrito Federal não batia com
o seu temperamento boêmio.
Certa vez, num bar, o Marcão ficou
conhecendo um sujeito, funcionário público federal, mas que não trabalhava, só
recebia seus vencimentos mensais. Ele explicou que era topógrafo por profissão,
mas ocorreu um erro ortográfico e escreveram tipógrafo. Assim, ele não podia
fazer um serviço do qual nada entendia.
Ainda em Brasília, por esta ocasião, o
Marcão conheceu uma mulher muito distinta num bar, e começaram a conversar.
Inteligente, ficou seduzida pelo mineiro, músico e artista, o qual começou a
narrar os seus casos de Juiz de Fora. Para continuar a conversa, ela o levou
até o seu apartamento. Ao entrarem na sala, disse-lhe para ficar à vontade, e
desapareceu no interior da casa.
Considerando que a fêmea já estava no
papo, o Marcão seguiu à risca o conselho e tirou toda a roupa, ficando apenas de
cueca, a assobiar feliz algum samba.
Quando a madame voltou à sala e viu o
visitante em trajes íntimos, perdeu toda a dignidade e passou a gritar:
- Mas o que significa isto?!... O que é
que você está pensando?!... Que vai trepar comigo logo no primeiro
encontro?!... Seu safado!... Vista-se imediatamente!...
O Marcão, assustado com a violenta e
inesperada reação, vestiu às pressas a calça e a camisa, enquanto a dona
continuava a berrar.
Na saída, ao abrir a porta, ele
perguntou:
-
Nem um beijinho?!...
Ela atirou nele uma jarra decorativa, a
qual se espatifou na porta, justamente no segundo em que era fechada.
Ele saiu, pensando:
- Ela ficou gamada por mim!...
O Marcão é o autor daquele comentário
- As mulheres do Beco são como chuchu:
não têm gosto de nada, mas a gente come pro vizinho não comer.
Nenhum comentário:
Postar um comentário