quinta-feira, 17 de dezembro de 2015

Turma do Beco 13 – Silvinha e o sineiro

      No Beco, na década de 70, havia uma cantora chamada Silvinha. Ela cantava em bares, shows e festivais, tendo ganho alguns prêmios como melhor intérprete. Tinha, além disso, a fama de ser sexualmente insaciável. A fêmea era uma “fera”. O homem que caísse na sua rede era obrigado consumir muitos ovos de codorna e outros fortificantes.
      Uma ocasião, o pessoal do Beco foi participar de um Festival de Música em São João del Rei. E a Silvinha foi junto. No primeiro dia, passeando pelas ruas históricas da cidade, acompanhada de alguns amigos de Juiz de Fora, ela parou defronte a uma igreja e ficou a observar a sua torre. Acontece que um sineiro estava lá no alto, badalando o sino, segurando uma corda, e parte do seu corpo chegava a sair pela janela. A Silvinha ficou fascinada com aquilo e resolveu entrar no templo. E sumiu de vista. Ninguém a viu naquele dia e nem no dia seguinte.
      Aproximando-se a hora de retornar a Juiz de Fora, todos preocupados com o sumiço da cantora, alguém se lembrou de que a tinha visto pela última vez entrando na igreja. Foram até lá procurá-la. Investiga daqui, pergunta dali, acabaram encontrando o endereço do tal sineiro, o qual morava sozinho.
      Ao chegarem na casa do indivíduo, bateram palmas. Quando a porta da sala foi aberta, apareceu o sineiro, com olheiras, respirando ofegantemente. Ao ser perguntado se a Silvinha se encontrava em sua casa, ele falou, com voz cansada e sumida:
      - Ah!... Pelo amor de Deus!... Levem esta mulher com vocês!... Eu não aguento mais!...
      Neste instante, vinda do interior da casa, apareceu a Silvinha, alegre e cheia de energia, a sorrir, abraçando à sua “vítima”. Só disse isto:
      - Oi, pessoal!!!...

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