No Beco, na década de 70, havia uma
cantora chamada Silvinha. Ela cantava em bares, shows e festivais,
tendo ganho alguns prêmios como melhor intérprete. Tinha, além disso, a fama de
ser sexualmente insaciável. A fêmea era uma “fera”. O homem que caísse na sua
rede era obrigado consumir muitos ovos de codorna e outros fortificantes.
Uma ocasião, o pessoal do Beco foi
participar de um Festival de Música em São João del Rei. E a Silvinha foi junto.
No primeiro dia, passeando pelas ruas históricas da cidade, acompanhada de
alguns amigos de Juiz de Fora, ela parou defronte a uma igreja e ficou a
observar a sua torre. Acontece que um sineiro estava lá no alto, badalando o
sino, segurando uma corda, e parte do seu corpo chegava a sair pela janela. A Silvinha ficou fascinada com aquilo e resolveu entrar no templo. E sumiu de
vista. Ninguém a viu naquele dia e nem no dia seguinte.
Aproximando-se a hora de retornar a Juiz
de Fora, todos preocupados com o sumiço da cantora, alguém se lembrou de que a
tinha visto pela última vez entrando na igreja. Foram até lá procurá-la.
Investiga daqui, pergunta dali, acabaram encontrando o endereço do tal sineiro,
o qual morava sozinho.
Ao chegarem na casa do indivíduo, bateram
palmas. Quando a porta da sala foi aberta, apareceu o sineiro, com olheiras,
respirando ofegantemente. Ao ser perguntado se a Silvinha se encontrava em sua
casa, ele falou, com voz cansada e sumida:
- Ah!... Pelo amor de Deus!... Levem esta
mulher com vocês!... Eu não aguento mais!...
Neste instante, vinda do interior da
casa, apareceu a Silvinha, alegre e cheia de energia, a sorrir, abraçando à sua
“vítima”. Só disse isto:
- Oi, pessoal!!!...
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