segunda-feira, 21 de dezembro de 2015

Turma do Beco 15 – O sumiço da perna

            José Antônio Jacob, apelido Tuka, é um excelente poeta e um grande sonetista, orgulho do Beco. Na juventude, sofreu um terrível acidente, que por pouco não o matou. Estando a nadar na cachoeira entre os bairros São Pedro e Borboleta, foi arrastado por uma correnteza e voou de uma altura de alguns metros, caindo em pé, com uma das pernas atingindo uma pedra. O amigo que estava com ele segurou-o no colo e conseguiu levá-lo até uma estrada, sendo socorrido por um carro e conduzido ao hospital. Perdeu uma das pernas. Tempos depois conseguiu uma perna mecânica. Salvou-se por um triz.
      Quando estava na Turma do Beco, um dia ele foi de carro (se não me engano, um fusca) até o Clube Náutico, para os lados de Jockey Clube e Benfica, juntamente com outros amigos. Numa altura da estrada, o veículo se descontrolou e caiu numa ribanceira. O Tuka foi projetado para fora do carro, e ficou deitado no chão, sem ferimentos mas também sem a perna mecânica, a qual havia se desprendido. Acontece que eles caíram no quintal de uma casa. Uma senhora, ouvindo o tremendo barulho, saiu para o terreiro a fim de ver o que havia acontecido. E deparou-se com o Tuka estatelado na terra, mostrando o toco de uma das pernas. Ao vê-la, o poeta perguntou:
     - A senhora não viu a minha perna por aí?!...
      A mulher desmaiou.

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