Escrevi no dia 18-5-2012:
Vi ontem, no HBO Signature, “Últimos
Dias”, de 2005, dirigido por Gus Van Sant. É baseado na vida de Kurt Cobain, do
Nirvana. O local é o mesmo, Seattle, e o ator se parece com Kurt. (Este faleceu
aos 27 anos, sendo o quinto da lista do “Clube dos 27” .) O que eu vi foi um
indivíduo arrasado pelas drogas e pela depressão, que algumas vezes mal
consegue andar ou se manter de pé, ou ao menos articular uma frase completa.
Fugitivo de uma clínica, refugia-se numa mansão com o restante do grupo de rock,
o qual também não se encontra nada bem. O diretor procurou retratar o estado
interior do personagem de forma fria e rígida. A câmera parada significa
AUSÊNCIA DE VIDA. O seu movimento lentíssimo denota a quase carência total de
energia vital. O infeliz mais parece um VEGETAL, devido às profundas lesões
cerebrais provocadas pela heroína. Há uma dissociação de imagens e cenas, como
a querer expor o estado de quase demência do rockeiro. Fiquei bastante
impressionado com aquilo!... Blake-Kurt cometeu dois suicídios: ao se drogar e
ao tirar a própria “vida”. Mas o ato final não tem importância alguma, pois ele
já havia SE MATADO antes: o que ficou foi só uma carcaça sem alma. Eu não tinha
uma idéia amadurecida de que existia algo ALÉM DO SUICÍDIO. O que o cara fez
foi simplesmente SE AUTODESTRUIR DE FORMA VIOLENTÍSSIMA. Isto vai contra todas
as leis de sobrevivência do reino animal. Se a gente toca numa formiguinha, ela
corre tentando se proteger. De forma corretíssima, o diretor não fez nenhuma
referência à música, enfocando apenas o “homem”. É digno da mais profunda
compaixão ver, através da imobilidade completa da câmera, o “artista” tentando
pateticamente tocar e cantar uma música. E, passando a analisar o lado
espiritual desta triste tragédia que são as vítimas de drogas, pode-se afirmar,
sem medo de errar, que Cobain, se teve os seus “últimos dias” conforme foi
mostrado no filme, está até hoje sofrendo horrores no astral inferior, por ter
voluntariamente DESTRUÍDO não apenas o seu cérebro físico, como também os
cérebros etérico, astral e mental. E vai continuar lá por muitos anos ainda. É
inimaginável para nós, os encarnados, ter uma noção do seu sofrimento. Creio
que nem mesmo o Arcanjo Miguel teria poder para tirar o sujeito do abismo em
que ele próprio se jogou. E, após toda a tortura, ainda terá de encarar pelo
menos umas duas ou três encarnações como débil mental. Será que estou
exagerando?!... Acho que não. Falei hoje de manhã com um rockeiro de heave
methal sobre Cobain, e ele fez comentários musicais. Ficou apenas a música e o
mito. O “HOMEM” existiu apenas antes das drogas.
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