Li certa vez a história de um cientista
europeu, da área das ciências exatas, talvez física ou química, provavelmente
do século XIX. É uma pena que não tenha feito anotações. Ele acumulou durante
10, 15 ou 20 anos, não me lembro, uma quantidade enorme de dados escritos sobre
as suas experiências, no estúdio de sua casa. Ele alertava todas as empregadas
domésticas para que não tocassem neles, posto que estava sempre em sua
residência dedicando-se aos estudos. Acontece que certa vez, ao efetuar uma
viagem, a sua esposa contratou uma nova serviçal, mas esqueceu de lhe falar
sobre o material do marido. A empregada, sem desconfiar de nada, ao ver aquela
quantidade enorme de papéis velhos, não teve dúvidas: colocou tudo no lixo.
Quando o cientista voltou da viagem, ao entrar no estúdio, deparou-se com
aquela “limpeza” e... chamou a mulher e a serviçal. A esposa, consternada,
desculpou-se com o marido, dizendo que havia esquecido de fazer a necessária
advertência. O cientista, então, dirigiu-se à empregada, nestes termos: - Você
destruiu anos de trabalho!... Mas não é culpa sua, pois não poderia ter noção
da sua importância. Pode se retirar. E para a sua mulher, concluiu: - Vou ter
de começar tudo de novo... E foi o que ele fez, gastando outros tantos anos de
pesquisa. SEM COMENTÁRIO.
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